quarta-feira, outubro 07, 2009

Planos...

eu naum os tenho claros na ideia, juntos existem uns mil embaçados... nesse aspecto a vida me parece sempre como um porre que nunca acaba, turva e cambaleante.

Jaime Pascoal

Contou-me ontém que foi invadido por uma imensa onda de paixão incontrolável. Algo do tipo que move a lua no céu, cardumes policromáticos no mar, pássaros fugidios no inverno.

_Amigo, confesso, estou abalado...

Melando palavras, de mel a meu, cantava alegremente sua rendição incondicional ao fluxo daquele novo sentir. Descrevia seu prazer docemente apimentado com um sorriso embasbacado feito sexta-feira à noite.
Contou-me alucinado que jamais havia visto antes, mas bem como contara da outra vez.
Feliz Jaime Pascoal, vivendo cada paixão como a primeira e rezando nunca viver a última.

quarta-feira, maio 27, 2009

Dica do dia:

"_ Só para quando o bicho ajoelhar na entrada."

quinta-feira, abril 23, 2009

mmmmmm...

Afinados toques em meio às costas e uma multidão de pêlos se levanta prontamente enquanto drenam-se por poros calores excessivos.

Travelings tomam a paisagem epidérmica adiantada morro acima, a frente das línguas que traçam roteiros deliciantes nas mais íntimas viagens.

Toca com a boca as cordas mais agudas de um pescoço, fricciona unhas afiadas em carne úmida e grita panos adentro extremado êxtase.

sexta-feira, abril 17, 2009

Ai!!!

Aí! Saudade ainda me mata,
Mata-me de pressa...
Correr o tempo de espera
entre separado e encontro.
Sentido ao que faz falta.
Falta muito, falta pouco,
E eu já estou ficando rouco
de cantar a paciência,
essa só que me assola,
sofro até chegar a hora
de acabar minha clemência.

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Natureza

A expressão Natureza (do latim: natura, naturam, naturea ou naturae) aplica-se a tudo aquilo que tem como característica fundamental o facto de ser natural: ou seja, envolve todo o ambiente existente que não teve intervenção antrópica.

Dessa noção da palavra, surge seu significado mais amplo: a Natureza corresponde ao mundo material e, em extensão, ao Universo físico: toda sua matéria e energia, inseridas em um processo dinâmico que lhes é próprio e cujo funcionamento segue regras próprias (estudadas pelas ciências naturais).

Fonte on-line. “Wikipédia, a enciclopédia livre.” – 06/02/2009 - http://pt.wikipedia.org/wiki/Natureza)

A definição acima aponta como natural o que não é “tocado” pelo homem, mas o homem em si é fruto de uma dinâmica natural, criado com a capacidade não só de alterá-la como até, acreditam muitos, desfazê-la sendo dela substrato.

Daí surge uma questão interessante, a natureza age mesmo harmonicamente (cabe aqui também uma definição de harmonia) ou o conflito (outra definição) é seu parâmetro motor?

Sendo substrato natural, o homem e sua capacidade de interpretação e manipulação de recursos, lógicos e materiais, coloca-se por estas vias em terceira pessoa; enxerga na natureza seus próprios arbítrios e a chama hora de harmônica, como uma conta que resulta em 4, hora de conflituosa, como sua própria mente constantemente caótica que resume tudo em contas. Paradoxo.

Pretensão humana definir algo como se dela não fosse fruto, aqui opino.

Evoluir, rastejar, ter penas, dentes, amamentar ao vôo, ter voz, e por fim raciocínio é seguir qual caminho? O da harmonia, ou do conflito?

A natureza faz seu trabalho a caminho da superação ou extinção?

Um ser Chamado Aflito

Ele acreditava mesmo nas pessoas, era seu dom mais intrigante, o positivismo com o qual tecia seus relacionamentos. Apaixonava-se diariamente pelos amigos de maneira cega e assim se dedicava ao máximo. Jogou tão limpo que brilhava alvo. Não media palavras de conforto. Não negava, era aberto, barato, um poço de compreensão.

Como todo excesso é prejudicial, esse não seria diferente. De tão bom bobo, de tão bobo usado, de tão usado exausto, de tão exausto triste e de tão triste inconsolável.

Pobre coitado.



...

sábado, janeiro 17, 2009

Dica do dia:

_Guarde a máscara depois do espetáculo.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Não Esqueço Mais

Eu descobri que posso encontrar coisas esquecidas dentro de mim mesmo, coisas que são deveras importantes e se esconderam por algum tempo. Porém lembra-las é a prova cabal de que, por ser humano, eu posso perdê-las.

Só se encontra algo que se havia perdido.

Não querendo mais sofrer tais perdas temporárias, tomei uma decisão:
Amarrei no meu dedo polegar, esse que eu uso o tempo todo para agarrar coisas, uma fita vermelha. Assim ela me lembra de não esquecer a importância que estas lembranças têm para mim.

Daí fiz uma promessa: Nunca esquecer de conferir a presença da fita.

Para cumprir a promessa, que também corre o risco de se perder no esquecimento pelos mesmos motivos, amarrei no meu indicador, esse que eu uso para apontar coisas, outra fita, porém azul.

Novamente fiz uma promessa: Nunca esquecer de conferir a presença da fita.

No entanto, para não me esquecer de cumprir essa promessa...

...e assim foram-se os dedos.