Não poderia ser, meus olhos duvidaram. Mas era. No ar um cheiro de café passando. De mãos dadas ainda, tão cedo, tão perto da minha casa, da minha porta. Só podia ser, eu acreditei com pesar. Tremi. Subitamente o vazio do meu estômago estava rente às cordas vocais, em forma de impulso verbal.
Quando então abri a boca para falar, ou quem sabe gritar... "Pa..." Eles viraram para atravessar a rua e, aliviando-me, não eram. Fora mesmo um golpe de vista, uma ilusão, como se o pesadelo tivesse chegado junto aos aromas matinais.
Acordar e sentir, como desjejum, algo como ciúme, mesmo que de uma ilusão, mexeu com aquele dia.
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