Não poderia ser, meus olhos duvidaram. Mas era. No ar um cheiro de café passando. De mãos dadas ainda, tão cedo, tão perto da minha casa, da minha porta. Só podia ser, eu acreditei com pesar. Tremi. Subitamente o vazio do meu estômago estava rente às cordas vocais, em forma de impulso verbal.
Quando então abri a boca para falar, ou quem sabe gritar... "Pa..." Eles viraram para atravessar a rua e, aliviando-me, não eram. Fora mesmo um golpe de vista, uma ilusão, como se o pesadelo tivesse chegado junto aos aromas matinais.
Acordar e sentir, como desjejum, algo como ciúme, mesmo que de uma ilusão, mexeu com aquele dia.
quinta-feira, outubro 20, 2011
segunda-feira, outubro 10, 2011
Estação do Amor Eterno
Nem tão florido ainda, mas anunciada a primavera do meu sentir, torno a ver os bons ventos elevando a folhagem colina acima.
Não como o ciclo das estações, o peito ainda apertado, desejo a eterna estação das mais vívidas cores. Como se parasse o tempo depois de tantos outonos decepcionados. Meu esforço não se vale mais contra os ponteiros, se vale contra os destemperos comuns do inverno em que estive a pouco e que esperançoso vejo esquentando, anunciando o clima do qual não devo mais sair. Agradeço pela serenidade da qual faço uso.
Viver plenamente agora é estar, o quanto puder, em um constante calor de verão, que eu sei que pode esfriar, mas acabar... nunca mais, trago meus novos cobertores.
sexta-feira, outubro 07, 2011
Peito
Aperta filho da puta, aperta... prova que você está aí. Estava com saudades de te sentir, mas não sabia que seria assim. Aperta filho da puta, aperta.
(agora isso aqui virou o meu diário)
(agora isso aqui virou o meu diário)
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