sexta-feira, setembro 30, 2011

Uma coisa é certa, me expresso quando estou profundamente machucado, ou divinamente saudável. Mas para ser feliz eu topo até ser mudo.

Veneno


Tendo os pés imersos em veneno de repente é tomado em tramas. Experimenta. Um pulo, um mergulho. Em si o próprio morto. Morto em caos paz não se encontra, nem se pretende. Imerso em veneno não se afoga. Antes morto, intoxicado, a sufocado, de peito apertado. Antes de nada, antes que tudo...

Ele fala, nada escuta. Ele brada, tudo muta. Dor é assim, cura com tempo e tédio ou cura com cicuta.


quinta-feira, setembro 22, 2011

_Eu omiti.

_Omitiu o quê?
_O fato de sentir ciúmes.
_E você tem?
_Tenho, um tanto que me incomoda.
_E você não expressa esses ciúmes?
_Não diretamente.
_Que tal então passar a fazê-lo, com parcimônia é claro?
_E como se faz isso?
_Apenas diga: "Estou com ciúmes", em claro e bom tom.
_Mas daí eu vou assumir meu incômodo.
_Assumir não meu caro, expressar.
_Ao questionar meu amor a prova de tudo constatei que de tudo ele é a prova!