Desafeto. No colo da solidão. Não deveria estar assim tão só, não sendo quem é. Não há nenhuma obrigação. Afinal quantas seriam as possibilidades? Qual delas seria no lugar da solidão, daquela cadela, parceira infiel a todos os que se entregam solitários?
É dela o lugar que hoje ocupa essa vagabunda. Dela que reage a todas as tais vontades, bem ou mal, de acordo com a vontade, mas isso não importa agora.
A privação da presença chega aos sentidos repentinamente amarga e, também de repente, tudo que deveria ser paz e tranqüilidade se mostra turvo e inquieto. Virando na vida de cá pra lá e vice-e-versa, condicionado a um estranho querer vestido de não pode. Quer! Não deve. Quer! Um pouco? Um tanto? Quer!
Hoje, do sentir, tenho vias que nem em veias se tornam versos. Daí escrevo prosa e vou afastando-me de mim pra ver se enxergo como um todo. Não adianta. Faltam-me meus próprios olhos. Os teus que me destes um dia para que eu pudesse ver minha alma... Aquela que sem você há muito tempo não percebo.
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