segunda-feira, junho 25, 2007
Efêmero
Lá vinha, mulher e família, logo a frente de cabeça baixa, podia-se ver o laço de fita, sobrancelhas e sílios, a ponta do nariz e o lábio superior. Ela partia. A criança que a acompanhava abrira o portão, ela, de cabeça baixa, passava. Já a pouca distância seus cabelos pretos e mediana estatura moviam os olhos por curvas sinuosas. A via de costas. Um mísero instante era suficiente, como foi. Virou-se por segundos, uma eternidade platônica, a imagem vítrea de seu olhar a emanar a alma radiante, um pequeno sorriso, beócio, sentiu-se um doce na boca, arrepio. Olhara para traz, olhara nos olhos, e seguiu seu caminho.
quarta-feira, junho 20, 2007
Inútil
Teve as asas cortadas
E perdeu a paciência.
Por não saber de nada
Lidou com a discrepância.
Agora só de fachada
Canta sua indolência.
Mas cala-se nesta toada
Ao ver que sua mais adorada
Cantiga é a contingência.
E perdeu a paciência.
Por não saber de nada
Lidou com a discrepância.
Agora só de fachada
Canta sua indolência.
Mas cala-se nesta toada
Ao ver que sua mais adorada
Cantiga é a contingência.
quinta-feira, junho 14, 2007
O Outro
Sinônimo de outrem,
Talvez alguém diferente,
Talvez o avesso da gente,
O contrário, o agressor.
Soa dentro da mente
E sai poetando corrente
Entre loucura, cultura,
ódio e amor.
Talvez alguém diferente,
Talvez o avesso da gente,
O contrário, o agressor.
Soa dentro da mente
E sai poetando corrente
Entre loucura, cultura,
ódio e amor.
Um querer de dois
Dois no mesmo ato
Teu cântico entoa,
Um verbo plural
Na primeira pessoa
Soa em uníssono
Mais que o podemos,
Visto que um querer,
de dois, é queremos.
Teu cântico entoa,
Um verbo plural
Na primeira pessoa
Soa em uníssono
Mais que o podemos,
Visto que um querer,
de dois, é queremos.
Brasil S.A.
Pobre estado,
Escravo do mundo civil.
A meu mundo sem rumo
és bem, mãe gentil.
A meus filhos, préstimo,
Empréstimo e fome servil.
Tudo és Pátria Amada S.A.
_Brasil!
Escravo do mundo civil.
A meu mundo sem rumo
és bem, mãe gentil.
A meus filhos, préstimo,
Empréstimo e fome servil.
Tudo és Pátria Amada S.A.
_Brasil!
Boa Noite
Consumo assim minhas noites
Aceso em profundo sono
Sem dor ou calafrio,
Sem caos, livre, sem dono.
Sonhando tenho asas invisíveis
Que me elevam ao infinito
Posto em minha alma
Sem eco de nenhum grito
Durmo assim que minha mente,
À vista de velhas paisagens
Brote de flores e cactos
Arco-íris de boa viagem
Penso até quando
Posso estar voando,
Estar viajando,
Sonhando,
Sonhando,
Sonha...Soooooonha
Aceso em profundo sono
Sem dor ou calafrio,
Sem caos, livre, sem dono.
Sonhando tenho asas invisíveis
Que me elevam ao infinito
Posto em minha alma
Sem eco de nenhum grito
Durmo assim que minha mente,
À vista de velhas paisagens
Brote de flores e cactos
Arco-íris de boa viagem
Penso até quando
Posso estar voando,
Estar viajando,
Sonhando,
Sonhando,
Sonha...Soooooonha
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