Perturbado me veio Antônio, um alter ego que estava mau humorado, dizendo que pretendia fazer uma viagem, para esquecer da vida.
Eu entendo Antônio. Ele é o responsável pelas partes chatas da rotina e se incomoda profundamente quando as condições de sua existência, como a atitude dos outros, se tornam meio mornas, ou frias, porque nestas horas ele tem muito trabalho, assumir o comando da parte menos divertida.
Antônio, querendo ou não, é um libertino contido pela razão, não a sua própria, mas a que copia das normas formais impostas e bla bla bla bla.
Ele deseja sempre muito tempero nos seus pratos, adora conquistar, o faz com certa freqüência, mas se excita profundamente ao ser conquistado, ao ponto de ferver. Porém, como já disse, ele é contido pela razão, sua e dos outros. A ele isso serve para não cair em maléficos exageros.
Ele deseja sempre muito tempero nos seus pratos, adora conquistar, o faz com certa freqüência, mas se excita profundamente ao ser conquistado, ao ponto de ferver. Porém, como já disse, ele é contido pela razão, sua e dos outros. A ele isso serve para não cair em maléficos exageros.
Bem, Antônio tem passado apertado pelas mazelas da mesmice, na escassez de calores ele clama por uma ou outra apimentada.
_ Não definiria isso como uma aventura porque aventuras são momentos diferentes dos momentos corriqueiros. Quer dizer, eu sou assim o tempo todo, desejo o tempo todo. Então queria mesmo é um pouco de calor consistente, duradouro, daqueles que não se esgotam em invernadas. Não uma aventura, queria uma jornada _ Me disse Antônio antes de partir de vez, atrás de qualquer anseio.